A União Europeia dos Direitos Humanos e a sua diplomacia cooperante para a América Latina

Volume, number, page
240 p.
Year of Publication
2015
Author(s)
SANTOS André Luis Nascimento do
Organization Name
Escola de Administração - Universidade Federal da Bahia
Acronym
UFBA
Publisher
UFBA
City
Salvador de Bahía
Country of Publication
Brasil
Full Date
2015
Category
Theses
Theme
Subregion - European Union
Country - European Union
BIREGIONAL RELATIONS UE - LAC
BIREGIONAL DIALOGUES UE-LAC
Government
Parliaments
Civil Society
Keyword(s)
European Union
Diplomacy
Diplomatic Relations
Latin America
Human Rights
Biregionalism
Biregional relationship
Foreign Policy
Foreign policy cooperation
International Co-operation
Protection of human rights
Abstract
O presente trabalho busca compreender como a diplomacia dos direitos humanos da União Europeia ao longo dos anos 2000, têm sido concebida e implementada no que concerne à sua agenda de cooperação pública para a América Latina. Diante desta pergunta, o trabalho busca realizar uma ampla reflexão teórica acerca da construção da ideia de uma gramática de Direitos Humanos pelo mundo ocidental e a sua consequente instrumentalização nos tempos atuais por parte das potências. Essa reflexão tenta compreender como a Europa, a partir dos seus processos de integração, internalizou a ideia de ser o berço dos Direitos Humanos, tanto na sua política doméstica, como na sua política externa. Uma ideia que movimenta uma agenda diplomática que se expressa tanto a partir de práticas meritórias de cooperação, como, também, de usos e abusos da retórica de poder em prol da manutenção da potestade europeia no âmbito das Relações Internacionais. Cinco foram os andaimes metodológicos utilizados para a consecução da presente pesquisa, quais sejam: o exercício de um olhar cético sob a temática dos Direitos Humanos; a busca por uma construção histórica em perspectiva de path dependence sobre a tradição desses direitos; um esforço por realizar uma sociologia dos atores; a busca por compreender o fenômeno dos Direitos Humanos sob o prisma multiescalar; e, por fim, a preocupação de não perder de vista a dimensão meritória dos Direitos Humanos enquanto elemento portador de energia avatar capaz de plasmar, a partir de si, os ideários para um mundo menos anárquico, em que pese os cinismos, as instrumentalizações e as políticas de ganho.